OS DEZ MANDAMENTOS FORAM GUARDADOS ANTES DA SUA INAUGURAÇÃO?
Moisés convocou todo o Israel e disse: «Ouça, Israel, os estatutos e normas que hoje eu proclamo aos seus ouvidos, para que os aprendam e cuidem de praticar: Javé nosso Deus fez uma aliança conosco no Horeb. Javé não fez essa aliança com nossos antepassados, mas conosco, que hoje aqui estamos, todos vivos. Javé falou com vocês, face a face, sobre a montanha, do meio do fogo. Eu estava entre Javé e vocês, para lhes anunciar a palavra de Javé, pois vocês ficaram com medo do fogo e não subiram à montanha. Javé então me falou: ‘Eu sou Javé seu Deus.... Deut. 5:1-5. Trad. Pastoral
Antes desta inauguração da LEI em HOREB, quais eram os mandamentos de Deus (Lei de DEUS) que um adorador fiel de Javé (JEOVÁ) guardava? Não guardou Abraão os mandamentos de Deus?
Como introdução a estas Dez Palavras figura a seguinte declaração direta, feita na primeira pessoa: “Eu sou Jeová, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egito, da casa dos escravos.” (Êx 20:2) Isto não apenas estabelece quem está falando a quem, mas mostra por que o Decálogo foi dado especialmente aos judeus, naquela época. Não foi dado a Abraão. — De 5:2, 3.
Abraão recebeu a ordem de circuncidar a todos os varões de sua casa, como sinal do pacto de Deus com ele. (Gên 17:11, 12) Ele guardou as “ordens”, os “estatutos” e as “leis” de Jeová. Ele conhecia os modos de agir de Jeová para a prática da justiça e do juízo, e fazia vigorar tais ordens em sua casa. — Gên 26:4, 5; 18:19.
LEI DEFINIÇÃO
“1.Os princípios e regulamentos que emanam de um governo e aplicáveis a um povo, quer em forma de legislação, quer de costumes e diretrizes reconhecidos e feitos cumprir por meio de decisão judicial. 2. Qualquer regra escrita ou explícita, ou coleção de regras, prescritas sob a autoridade do estado ou da nação.” (The American College Dictionary [O Dicionário Universitário Americano], editado por C. L. Barnhart, 1966) “Um mandamento divino ou uma revelação da vontade de Deus . . . o inteiro corpo dos mandamentos ou revelações de Deus: a vontade de Deus . . .: uma regra de correto viver ou boa conduta esp[ecialmente] quando considerado como tendo a sanção da vontade de Deus, da consciência ou da natureza moral, ou da justiça natural.” — Webster’s Third New International Dictionary (Terceiro Novo Dicionário Internacional de Webster), 1981.
A palavra “lei”, nas Escrituras Hebraicas, é principalmente uma tradução da palavra hebraica toh·ráh, aparentada com o verbo ya·ráh, que significa “dirigir, ensinar, instruir”. Em alguns casos é traduzida do termo aramaico dath. (Da 6:5, 8, 15) Outras palavras traduzidas por “lei” na versão Almeida são mish·pát (decisão judicial, julgamento), e mits·wáh (mandamento). Nas Escrituras Gregas, a palavra nó·mos, do verbo né·mo (repartir, distribuir), é traduzida por “lei”.
Jeová Deus é apresentado como a Fonte de lei, o Supremo Legislador (Is 33:22), o Soberano, que delega autoridade (Sal 73:28; Je 50:25; Lu 2:29; At 4:24; Re 6:10), sendo que nenhuma autoridade pode ser exercida sem a permissão ou autorização dele. (Ro 13:1; Da 4:35; At 17:24-31) Seu trono se firma sobre a justiça e o juízo. (Sal 97:1, 2) A vontade expressa de Deus torna-se lei para suas criaturas. — Veja CAUSA JURÍDICA.
A Lei Dada aos Anjos. Os anjos, mais elevados que o homem, estão sujeitos à lei e aos mandamentos de Deus. (He 1:7, 14; Sal 104:4) Jeová até mesmo deu ordens a seu adversário, Satanás, e o restringiu. (Jó 1:12; 2:6) Miguel, o arcanjo, reconheceu e respeitou a posição de Jeová como Juiz Supremo, quando disse, numa disputa com o Diabo: “Jeová te censure.” (Ju 9; compare isso com Za 3:2.) O glorificado Jesus Cristo tem todos os anjos colocados sob sua autoridade, por Jeová Deus. (He 1:6; 1Pe 3:22; Mt 13:41; 25:31; Fil 2:9-11) Assim, por ordem de Jesus, foi enviado um mensageiro angélico a João. (Re 1:1) Todavia, em 1 Coríntios 6:3, o apóstolo Paulo fala dos irmãos espirituais de Cristo como designados a julgar anjos, evidentemente porque eles participarão de algum modo em executar julgamento contra os espíritos iníquos.
A Lei da Criação Divina. Uma das definições de lei no Webster’s Third New International Dictionary é “a regularidade observada na natureza”. Como Criador de todas as coisas no céu e na terra (At 4:24; Re 4:11), Jeová estabeleceu leis que governam todas as coisas criadas. Jó 38:10 menciona um “regulamento” para o mar; Jó 38:12, a ‘ordem dada à manhã’; e Jó 38:31-33 traz à atenção as constelações de estrelas e “os estatutos dos céus”. O mesmo capítulo indica que Deus governa a luz, a neve, a saraiva, as nuvens, a chuva, o orvalho e o relâmpago. Continuando nos capítulos 39 até o fim do 41 , mostra-se o cuidado de Deus para com o reino animal, e atribuem-se o nascimento, os ciclos de vida e os hábitos dos animais a regulamentos baixados por Deus, e não a qualquer “adaptação” evolucionária. De fato, na própria criação das formas de vida, Deus incorporou a lei de que cada uma devia reproduzir “segundo a sua espécie”, tornando impossível a evolução. (Gên 1:11, 12, 21, 24, 25) O homem também gerou filhos “à sua semelhança, à sua imagem”. (Gên 5:3) No Salmo 139:13-16, o desenvolvimento embrionário dum bebê no útero é mencionado, as suas partes estando escritas ‘no livro de Jeová’, antes que quaisquer delas realmente existissem. Jó 26:7 descreve a Jeová como ‘suspendendo a terra sobre o nada’. Os cientistas hoje atribuem a posição da terra no espaço primariamente à interação entre a lei da gravidade e a lei da força centrífuga.
A Lei Dada a Adão. No jardim do Éden, Adão e Eva receberam ordens de Deus quanto a seus deveres (1) de encher a terra, (2) de subjugá-la e (3) de ter em sujeição todas as outras criaturas viventes da terra, do mar e do ar. (Gên 1:28) Deram-se-lhes leis sobre a dieta alimentar, sendo-lhes concedido como alimento a vegetação que produzia semente e os frutos. (Gên 1:29; 2:16) No entanto, Adão recebeu uma ordem que lhe proibia comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gên 2:17); esta ordem foi transmitida a Eva. (Gên 3:2, 3) Apresenta-se Adão como transgressor e violador de propriedade alheia porque violou uma lei expressa. — Ro 5:14, 17; 4:15.
As Leis Dadas a Noé; Lei Patriarcal. A Noé foram dados mandamentos relativos à construção da arca e à salvação de sua família. (Gên 6:22) Depois do Dilúvio, deram-se-lhe leis que permitiam acrescentar carne à dieta alimentar do homem; que declaravam a santidade da vida e, portanto, do sangue, em que reside a vida; que proibiam comer sangue; que condenavam o assassinato e instituíam a pena capital para tal crime. — Gên 9:3-6.
O patriarca era o cabeça e o governante da família. Jeová é descrito como o grande Chefe de Família ou Patriarca, o “Pai, a quem toda família no céu e na terra deve o seu nome”. (Ef 3:14, 15) Noé, Abraão, Isaque e Jacó são notáveis exemplos de patriarcas. Jeová lidava de modo especial com eles. Abraão recebeu a ordem de circuncidar a todos os varões de sua casa, como sinal do pacto de Deus com ele. (Gên 17:11, 12) Ele guardou as “ordens”, os “estatutos” e as “leis” de Jeová. Ele conhecia os modos de agir de Jeová para a prática da justiça e do juízo, e fazia vigorar tais ordens em sua casa. — Gên 26:4, 5; 18:19.
As leis que governavam os patriarcas eram também, de modo geral, conhecidas pelas nações daquele tempo, e se refletiam parcialmente nas leis dessas nações, todas as quais se ramificaram dos três filhos de Noé, o patriarca. Por exemplo, o Faraó do Egito sabia ser errado tomar a esposa de outro homem (Gên 12:14-20), como também o sabiam os reis dos filisteus nos episódios de Sara e de Rebeca. — Gên 20:2-6; 26:7-11.
Nos dias de Moisés, os israelitas eram escravos no Egito. Haviam ido voluntariamente ao Egito nos dias de Jacó, mas foram escravizados depois da morte do filho de Jacó, o primeiro-ministro José. Assim, na realidade, eles foram vendidos como escravos em troca de nada. Jeová, em harmonia com a lei patriarcal da redenção e da prioridade do primogênito, disse a Faraó, pela boca de Moisés e Arão: “Israel é meu filho, meu primogênito. E eu te digo: Manda embora meu filho, para que me sirva. Mas, caso te negues a mandá-lo embora, eis que mato teu filho, teu primogênito.” (Êx 4:22, 23)
Não era necessário pagar um valor de resgate para essa libertação, e nenhum valor foi pago ao Egito. E, quando os escravos israelitas deixaram seus amos, os egípcios, “Jeová deu ao povo favor aos olhos dos egípcios, de modo que estes lhes concederam o que se pedia; e despojaram os egípcios”. (Êx 3:21; 12:36)
Eles haviam entrado no país com a aprovação do Faraó, não como cativos de guerra a serem escravizados, mas como povo livre. A escravidão fora injusta, assim, evidentemente Jeová providenciava agora que eles recebessem o salário pelos seus labores.
A família era tida como responsável pelas violações da lei por parte de qualquer um de seus membros. O cabeça patriarcal era o representante responsável; ele era culpado dos erros de sua família, e exigia-se dele que punisse os transgressores da família. — Gên 31:30-32.
O casamento e a primogenitura. Os pais providenciavam o casamento de seus filhos e de suas filhas. (Gên 24:1-4) O pagamento de um preço-de-noiva era comum. (Gên 34:11, 12) Entre os adoradores de Jeová, o casamento misto com idólatras era desobediência e contra os melhores interesses da família. — Gên 26:34, 35; 27:46; 28:1, 6-9.
A primogenitura era reservada para o primeiro filho varão, pertencendo-lhe por herança. Esta incluía receber uma porção dupla das propriedades. No entanto, podia ser transferida pelo chefe de família, o pai. (Gên 48:22; 1Cr 5:1) O filho mais velho normalmente se tornava o cabeça patriarcal com o falecimento do pai. Os filhos varões, depois de casados, podiam formar suas próprias famílias separadas da chefia do pai e podiam tornar-se eles mesmos chefes de família.
A moralidade. A fornicação era desonrosa e punível, especialmente em casos de noivos ou de pessoas casadas (adultério). (Gên 38:24-26; 34:7) O casamento levirato [com o cunhado] era praticado quando um homem morria sem deixar filho varão. O irmão dele tinha então o dever de tomar a viúva como esposa, e o primogênito dessa união herdaria os bens do falecido e daria continuidade a seu nome. — Gên 38:6-26.
Propriedade. Em geral, parece que não havia propriedade individual, a não ser alguns bens pessoais; todos os rebanhos, itens domésticos e outros equipamentos eram propriedade comum da família. — Gên 31:14-16.
À base de evidência histórica relacionada, alguns estudiosos crêem que, na transferência de terras, mostrava-se a terra ao comprador a partir de um bom ponto de observação, com a demarcação exata dos limites. Quando o comprador dizia “eu vejo”, estava indicando aceitação legal. Quando Jeová fez a Abraão a promessa de dar-lhe a terra de Canaã, primeiro se disse a Abraão que olhasse nas quatro direções. Abraão não disse “eu vejo”, talvez porque Deus dissera que daria a Terra Prometida à semente [descendente] de Abraão, mais tarde. (Gên 13:14, 15) A Moisés, como representante legal de Israel, foi dito que ‘olhasse’ a terra, o que, se o conceito há pouco mencionado for correto, indicaria a transferência legal a Israel, para a tomar sob a liderança de Josué. (De 3:27, 28; 34:4; considere também a oferta de Satanás a Jesus, em Mt 4:8.) Outro gesto que aparentemente tinha similar conotação legal era: andar a pé pela terra ou entrar nela com o objetivo de tomar posse. (Gên 13:17; 28:13)
Em certos documentos antigos, o número de árvores num terreno constava em todas as vendas de bens imobiliários. — Compare isso com Gên 23:17, 18.
Custódia. A pessoa assumia a responsabilidade legal ao prometer manter ou ‘guardar’ uma pessoa, um animal ou um objeto. (Gên 30:31) Rubem, como primogênito de Jacó, era responsável no caso do desaparecimento de José. (Gên 37:21, 22, 29, 30) O depositário devia cuidar suficientemente bem daquilo que estava a seus cuidados. Devia compensar os animais roubados, mas não os que morressem por si sós, ou que fossem perdidos sob condições fora de seu controle, como num ataque de ladrões de ovelhas armados. Se um animal fosse morto por um animal selvagem, tinha-se de apresentar evidência de que o animal fora dilacerado, a fim de livrar da responsabilidade o depositário. — Gên 37:12-30, 32, 33; Êx 22:10-13.
Escravidão. Os escravos podiam ser comprados, ou tornavam-se tais por nascerem de pais escravos. (Gên 17:12, 27) Os escravos podiam gozar duma posição muito honrosa na casa patriarcal, como no caso de Eliézer, servo de Abraão. — Gên 15:2; 24:1-4.
A Lei de Deus a Israel — A Lei de Moisés. Jeová deu a Israel a Lei, mediante Moisés como mediador, no ermo do Sinai, em 1513 AEC. Quando a Lei foi instituída no monte Horebe, houve uma assombrosa demonstração do poder de Jeová. (Êx 19:16-19; 20:18-21; He 12:18-21, 25, 26) O pacto foi validado pelo sangue de novilhos e de bodes. O povo apresentou ofertas de comunhão e ouviu ser lido o livro do pacto, após o que concordou em obedecer a tudo que Jeová dissera. Muitas das anteriores leis patriarcais foram incorporadas na Lei dada por meio de Moisés. — Êx 24:3-8; He 9:15-21; veja PACTO.
Na lei patriarcal, o marido era o cabeça indisputado da família, a esposa estando-lhe submissa, embora pudesse fazer recomendações sujeitas à aprovação do marido. (Gên 21:8-14) Sara chamava a Abraão de “senhor”. (Gên 18:12); A mulher usava uma cobertura para a cabeça, como símbolo de sua sujeição a seu cabeça marital. — Gên 24:65; 1Co 11:5.
Sob a Lei dada a Israel, a esposa estava em sujeição. O marido podia permitir ou anular os votos que ela fazia. (Núm 30:6-16) Ela não recebia herança, mas acompanhava a herança fundiária, e, no caso em que essa herança fosse resgatada por um parente, ela era incluída na compra. (Ru 4:5, 9-11) Ela não podia divorciar-se do marido, mas o marido tinha o direito de se divorciar de sua esposa. — De 24:1-4.
Os primeiros cinco livros da Bíblia (Gênesis a Deuteronômio) são muitas vezes mencionados como a Lei. Às vezes, este termo é usado como referência ao conjunto das inspiradas Escrituras Hebraicas. Em geral, contudo, os judeus consideravam que as inteiras Escrituras Hebraicas se compunham de três seções: a “lei de Moisés”, os “Profetas” e os “Salmos”. (Lu 24:44) As ordens recebidas através dos profetas eram válidas para Israel.
Na Lei, Jeová era reconhecido como Soberano absoluto, e também como Rei num sentido especial. Visto que Jeová era ao mesmo tempo Deus e Rei de Israel, a desobediência à Lei era tanto um delito religioso como um crime de lesa-majestade, um delito contra o Chefe de Estado, que, neste caso, era contra o Rei Jeová. Dizia-se que Davi, Salomão e seus sucessores no trono de Judá sentavam-se no “trono de Jeová”. (1Cr 29:23) Os reis e governantes humanos em Israel estavam obrigados a cumprir a Lei, e, quando se tornavam despóticos, passavam a ser violadores da lei, responsáveis perante Deus. (1Sa 15:22, 23)
A realeza e o sacerdócio eram separados, separação esta que constituía um equilíbrio de poderes e uma salvaguarda contra a tirania. Mantinha os israelitas sempre cônscios de que Jeová era seu Deus e o verdadeiro Rei. O relacionamento de cada indivíduo com Deus e com o próximo era definido pela Lei, e toda pessoa podia aproximar-se de Deus por meio do arranjo sacerdotal.
Sob a Lei, os israelitas poderiam ter-se tornado “um reino de sacerdotes e uma nação santa”. (Êx 19:5, 6) As exigências de devoção exclusiva a Jeová, constantes na Lei, a sua proibição absoluta de qualquer forma de interconfessionalismo, e seus regulamentos sobre a pureza religiosa e a dieta constituíam um ‘muro’, para manter essa nação notavelmente separada das outras nações. (Ef 2:14) Um judeu dificilmente poderia entrar na tenda ou na casa dum gentio, ou comer com gentios, sem se tornar impuro em sentido religioso. De fato, quando Jesus estava na terra, julgava-se que até mesmo entrar na casa ou no prédio dum gentio tornaria impuro o judeu. (Jo 18:28; At 10:28) A santidade da vida e a dignidade e a honra da família, do casamento, da pessoa, eram protegidas. Como efeitos adicionais, que podiam ser considerados como decorrentes da separação religiosa que o pacto da Lei estabelecia, havia os benefícios para a saúde e a proteção contra as doenças comuns às nações em volta dos israelitas. As leis sobre pureza moral, condições sanitárias e dieta alimentar sem dúvida tinham um efeito salutar, quando obedecidas.
O verdadeiro objetivo da Lei, contudo, era, conforme declarado pelo apóstolo Paulo: “Tornar manifestas as transgressões, até que chegasse o descendente.” A Lei era um “tutor, conduzindo a Cristo”. Apontava para Cristo como o objetivo almejado (“Cristo é o fim da Lei”). A Lei revelava que todos os humanos, incluindo os judeus, estão debaixo do pecado e que a vida não pode ser obtida por “obras da lei”. (Gál 3:19-24; Ro 3:20; 10:4) A Lei era “espiritual”, originava-se de Deus e era “santa”. (Ro 7:12, 14) Em Efésios 2:15, ela é chamada de “Lei de mandamentos, consistindo em decretos”. Era um padrão de perfeição, assinalando aquele que a guardasse como sendo perfeito, digno da vida. (Le 18:5; Gál 3:12) Visto que os humanos imperfeitos não conseguiam guardar a Lei, ela mostrava que “todos pecaram e não atingem a glória de Deus”. (Ro 3:23) Apenas Jesus Cristo a guardou imaculadamente. — Jo 8:46; He 7:26.
A Lei também servia como “sombra das boas coisas vindouras”, e as coisas relacionadas com ela eram “representações típicas”, induzindo Jesus e os apóstolos a recorrer freqüentemente a ela para explicar coisas celestiais e assuntos relativos a doutrina e conduta cristãs. Por conseguinte, ela supre um campo de estudos essencial e necessário para o cristão. — He 10:1; 9:23.
Jesus disse que toda a Lei girava em torno de dois mandamentos, o de amar a Deus e o de amar ao próximo. (Mt 22:35-40) É interessante que, no livro de Deuteronômio (onde a Lei foi de certa forma modificada para governar as novas circunstâncias de Israel ao se fixar na Terra Prometida), as palavras hebraicas para “amor”, “amado”, e outras variações, aparecem mais de 20 vezes.
As Dez Palavras (Êx 34:28), ou os Dez Mandamentos, eram a parte básica da Lei, mas se combinavam com cerca de outras 600 leis, todas as quais de igual peso e validez para os israelitas. (Tg 2:10) Os primeiros quatro dos Dez Mandamentos definiam o relacionamento do homem com Deus; o quinto, com Deus e os pais; e os últimos cinco, com o próximo. Estes últimos cinco foram citados na aparente ordem de gravidade do dano causado ao próximo: assassinato, adultério, roubo, falso testemunho e cobiça, ou desejo egoísta. O décimo mandamento torna ímpar a Lei, em comparação com as leis de todas as demais nações, no sentido de que proíbe o desejo egoísta, um mandamento que, na realidade, só Deus pode fazer cumprir. Realmente, atingia a causa da violação de todos os outros mandamentos. — Êx 20:2-17; De 5:6-21; compare isso com Ef 5:5; Col 3:5; Tg 1:14, 15; 1Jo 2:15-17.
A Lei continha muitos princípios e estatutos orientadores. Dava-se aos juízes a liberdade de investigar e de levar em conta a motivação e a atitude dos violadores, além das circunstâncias que cercavam a violação. Um violador deliberado, desrespeitoso ou impenitente recebia a pena máxima. (Núm 15:30, 31) Noutros casos, podia-se decidir por uma sentença mais branda. Por exemplo, ao passo que o assassino devia ser morto sem falta, o homicida acidental podia obter misericórdia. (Núm 35:15, 16) O dono de um touro que habitualmente desse chifradas e que matasse um homem, podia ser morto; ou os juízes talvez lhe impusessem um regate. (Êx 21:29-32) A diferença entre um ladrão deliberado e um transgressor que confessasse voluntariamente seu erro evidentemente explica a diferença entre a penalidade expressa em Êxodo 22:7 e a em Levítico 6:1-7.
Lei da Consciência. A Bíblia mostra que isto resulta de as pessoas terem ‘a lei escrita em seu coração’. Os que não estão sob uma lei direta de Deus, como a Lei dada mediante Moisés, revelam ser ‘uma lei para si mesmos’, pois suas consciências os movem a ser ‘acusados ou até mesmo desculpados’ em seus próprios pensamentos. (Ro 2:14, 15) Muitas leis justas nas sociedades pagãs refletem essa consciência, que foi originalmente colocada no antepassado delas, Adão, e transmitida mediante Noé. — Veja CONSCIÊNCIA.
Em 1 Coríntios 8:7 o apóstolo Paulo diz que a falta de conhecimento cristão correto poderia resultar numa consciência fraca. A consciência pode ser um bom ou um mau guia, dependendo do conhecimento e do treinamento da pessoa. (1Ti 1:5; He 5:14) A consciência da pessoa talvez esteja aviltada e, deste modo, pode desencaminhar. (Tit 1:15) Alguns, por constantemente agirem contrário à sua consciência, tornam-na semelhante a um insensível tecido cicatrizado, e, conseqüentemente, um guia não seguro. — 1Ti 4:1, 2.
A “Lei do Cristo”. Paulo escreveu: “Prossegui em levar os fardos uns dos outros e cumpri assim a lei do Cristo.” (Gál 6:2) Ao passo que o pacto da Lei terminou em Pentecostes de 33 EC (“mudando-se o sacerdócio, necessariamente há também mudança da lei”; He 7:12), os cristãos se acham “debaixo de lei para com Cristo”. (1Co 9:21) Esta lei é chamada de a “lei perfeita que pertence à liberdade”, a “lei dum povo livre”, ‘a lei da fé’. (Tg 1:25; 2:12; Ro 3:27) Esta nova lei fora predita por Deus mediante o profeta Jeremias, quando Deus falou sobre um novo pacto e sobre escrever a lei Dele no coração de Seu povo. — Je 31:31-34; He 8:6-13.
Como Moisés, o Mediador do pacto da Lei, Jesus Cristo é o Mediador do novo pacto. Moisés escreveu a Lei em forma de código, mas Jesus não redigiu pessoalmente uma lei. Ele falou e colocou a sua lei na mente e no coração de seus discípulos. Tampouco seus discípulos formularam leis em forma dum código para os cristãos, classificando as leis em categorias e subtítulos. Não obstante, as Escrituras Gregas Cristãs estão repletas de leis, mandamentos e decretos que o cristão tem por obrigação observar. — Re 14:12; 1Jo 5:2, 3; 4:21; 3:22-24; 2Jo 4-6; Jo 13:34, 35; 14:15; 15:14.
Jesus instruiu seus discípulos a pregarem as ‘boas novas do reino’. Sua ordem acha-se em Mateus 10:1-42; Lucas 9:1-6; 10:1-12. Em Mateus 28:18-20, deu-se uma nova ordem aos discípulos de Jesus, de irem, não apenas aos judeus, mas a todas as nações, a fim de fazerem discípulos e de batizá-los com um novo batismo, “em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei”. Assim, com autorização divina, Jesus ensinou e expediu ordens enquanto estava na terra (At 1:1, 2), bem como após a sua ascensão. (At 9:5, 6; Re 1:1-3) O inteiro livro de
Apocalipse consiste em profecias, mandamentos, admoestações e instruções para a congregação cristã.
A “lei do Cristo” abrange o inteiro proceder e âmbito da vida e do trabalho do cristão. Com a ajuda do espírito de Deus, o cristão pode seguir tais mandamentos, de modo a ser julgado de forma favorável por essa lei, pois é “a lei desse espírito que dá vida em união com Cristo Jesus”. — Ro 8:2, 4.
A “Lei de Deus”. O apóstolo Paulo fala da luta do cristão como sendo influenciada por dois fatores, a “lei de Deus”, e a “lei da minha mente” — a “lei desse espírito que dá vida”, de um lado, e a “lei do pecado”, ou a “lei do pecado e da morte”, do outro. Paulo descreve o conflito, afirmando que a carne decaída, infetada pelo pecado, está escravizada à “lei do pecado”. “A mentalidade segundo a carne significa morte”, mas “Deus, por enviar o seu próprio Filho na semelhança da carne pecaminosa e concernente ao pecado, condenou o pecado na carne”. Com a ajuda do espírito de Deus o cristão pode vencer essa luta — exercendo fé em Cristo, entregando à morte as práticas do corpo e vivendo segundo a orientação do espírito — e pode obter a vida. — Ro 7:21-8:13.
Lei do Pecado e da Morte. O apóstolo Paulo argumenta que, por causa do pecado do pai da humanidade, Adão, “a morte reinou”, desde Adão até a época de Moisés (quando foi dada a Lei), e que a Lei tornou manifestas as transgressões, tornando os homens culpados do pecado. (Ro 5:12-14; Gál 3:19) Esta regra, ou lei do pecado, que opera na carne imperfeita, exerce poder sobre ela, fazendo com que se incline para a violação da lei de Deus. (Ro 7:23; Gên 8:21) O pecado causa a morte. (Ro 6:23; 1Co 15:56) A lei de Moisés não pôde sobrepujar a regência dos reis pecado e morte, porém a liberdade e a vitória vêm por meio da benignidade imerecida de Deus mediante Jesus Cristo. — Ro 5:20, 21; 6:14; 7:8, 9, 24, 25.
Na lei patriarcal, o marido era o cabeça indisputado da família, a esposa estando-lhe submissa, embora pudesse fazer recomendações sujeitas à aprovação do marido. (Gên 21:8-14) Sara chamava a Abraão de “senhor”. (Gên 18:12); A mulher usava uma cobertura para a cabeça, como símbolo de sua sujeição a seu cabeça marital. — Gên 24:65; 1Co 11:5.
Sob a Lei dada a Israel, a esposa estava em sujeição. O marido podia permitir ou anular os votos que ela fazia. (Núm 30:6-16) Ela não recebia herança, mas acompanhava a herança fundiária, e, no caso em que essa herança fosse resgatada por um parente, ela era incluída na compra. (Ru 4:5, 9-11) Ela não podia divorciar-se do marido, mas o marido tinha o direito de se divorciar de sua esposa. — De 24:1-4.
A “Lei Régia”. Entre as demais leis que governam as relações humanas, a “lei régia” tem corretamente o mesmo destaque e relevo que um rei teria entre os homens. (Tg 2:8) A essência do pacto da Lei era o amor; e “tens de amar o teu próximo como a ti mesmo” (a lei régia) era o segundo dos mandamentos dos quais toda a Lei e os Profetas dependiam. (Mt 22:37-40) Os cristãos, embora não estejam sob o pacto da Lei, estão sujeitos à lei do Rei Jeová, e de seu Filho, o Rei Jesus Cristo, com relação ao novo pacto.
OS DEZ MANDAMENTOS ERAM TRANSITÓRIOS
E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras (OS 10 MANDAMENTOS), se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito! ( A NOVA ALIANÇA COM A LEI DO CRISTO E COM O ESPÍRITO SANTO)
Porque, se o ministério da condenação (OS DEZ MANDAMENTOS) foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça.(A NOVA ALIANÇA LEI DO CRISTO)
Porquanto, na verdade, o que, outrora, foi glorificado (DEZ MANDAMENTOS), neste respeito, já não resplandece, diante da atual sobre-excelente glória. (A LEI DO CRISTO NA NOVA ALIANÇA COM ESPÍRITO SANTO)
Porque, se o que se desvanecia (OS DEZ MANDAMENTOS) teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente.(A NOVA ALIANÇA COM ESPÍRITO SANTO E A LEI DO CRISTO) 2 Coríntios 3:7-11 ALMEIDA
Porquanto, na verdade, o que, outrora, foi glorificado (DEZ MANDAMENTOS), neste respeito, já não resplandece, diante da atual sobre-excelente glória. (A LEI DO CRISTO NA NOVA ALIANÇA COM ESPÍRITO SANTO)
Porque, se o que se desvanecia (OS DEZ MANDAMENTOS) teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente.(A NOVA ALIANÇA COM ESPÍRITO SANTO E A LEI DO CRISTO) 2 Coríntios 3:7-11 ALMEIDA
OS DEZ MANDAMENTOS NÃO TEM SERVENTIA NO CÉU
01- Nenhuma criatura no céu jamais teve outros deuses para servir em oposição a Jeová. (Lá não tem nem a trindade).
02- No céu ninguém precisa fazer imagem ou escultura de Jeová para adorá-Lo, pois todos habitantes do céu enxergam Deus e falam pessoalmente com Ele.
03- Jamais qualquer criatura celestial é castigada e nem a sua terceira ou quarta geração de anjos (não existem) por não obedecer os Dez Mandamentos.
04- Jamais no Céu qualquer criatura tomou ou tomará o Nome de Deus em Vão.
05- No céu nunca houve a guarda de sábado semanal.
06- No céu não tem animais nem filhas e nem escravos estrangeiros para descansar dia nenhum.
07- No céu não tem como honrar pai e mãe, para obter uma vida longa na Terra.
08- Os seres espirituais jamais até hoje nunca mataram nenhum dos seus irmãos.
09- Nenhum ser espiritual celestial pode adulterar pois não têm esposas.
10- Os seres espirituais não tem como cobiçar a casa, a mulher, os escravos, nem boi, ou jumento do próximo. (Lá não existem tais coisas)
PERGUNTAS DE LEITORES
01- Lucas 23:54-56, prova que a Lei moral de Deus (o decálogo) é perpétua?
"Era o dia da Parasceve [PREPARAÇÃO], e ia começar o sábado. As mulheres que tinham vindo da Galileia com ele, seguindo a José, viram o túmulo e como o corpo de Jesus fora nele posto; voltando depois, prepararam aromas e bálsamos. No sábado, descansaram segundo o mandamento;" LUCAS 23:54-56.
Diz a Palavra de Deus: Cristo é o fim da Lei. Rom 10:4. O leitor sincero da Bíblia obviamente se perguntaria: à partir de quando a Lei não teria mais de ser cumprida pelos cristãos?
A resposta é simples! A partir da fundação da congregação cristã oficialmente. Foi exatamente em Pentecostes que a nova "aliança", Pacto do espírito, entrou em vigor. Anteriormente os cristãos ainda não tinham congregações cristãs. Na Nova aliança vigoraria a Lei do Cristo. Gálatas 6:2
De Pentecoste para frente só encontramos judeus nas sinagogas guardando sábado. Os Cristãos se livraram da LEI. Por isso de ATOS para frente, relato de sábado é só nas sinagogas judaicas que não aceitaram Cristo.
02- Enquanto a Lei moral de Deus estava em vigor, como o horário da guarda do sábado deveria ser respeitado se em outro país se o horário local não era o mesmo do horário padrão de Israel?
O calendário Judaico é lunar com variações devido a intercalação de um mês intecalar de tempos em tempos. Não havia fuso-horário em Israel. Se um Israelita debaixo da Lei, viajasse para outro país ele deveria seguir as datas e horários para suas festividades.
Por exemplo, a Páscoa/ Ceia do Senhor. Cada ano esta festividade é comemorada em datas diferentes, porém em 14 de Nisã, após o por do sol local. Os sábados Judaicos (Lunar) dificilmente coincide com os sábados das Nações com calendário solar.
CONCLUSÃO
Por que Jesus nunca exortou a guarda do sábado? Por que o espírito santo nunca falou do SÁBADO?
MATÉRIAS ADICIONAIS